Presidente Dilma veta a venda de medicamentos isentos de prescrição médica em Supermercados
Lugar de medicamento é na Drogaria e na Farmácia e não na prateleira de supermercado.
No dia 18 de maio a Presidente Dilma Roussef vetou a a venda dos MIP´s ( medicamentos isentos de prescrição médica ) em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência e estabelecimentos similares, e já está no "Diário Oficial" da União desde sexta-feira , dia 18.
A decisão da Presidente ganhou aplausos da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) e do Conselho Federal de Farmácia, já que ambos haviam se posicionado contra a medida provisória (MP), aprovada pelo Senado em 25 de abril.
Do meu ponto de vista, o veto da Presidente Dilma foi acertado. Esse acerto vem ao encontro da Categoria Farmacêutica, em especial, dos Farmacêuticos. Neste tocante, o veto da Presidente recebeu apoio do CRF/SP - Conselho Reginal de Farmácia do Estado de São Paulo.
Desse modo, acredito que lugar de medicamento é na Drogaria e na Farmácia e não na prateleira de supermercado. Explico.
Oras, veja bem, há sim a necessidade de um profissional Farmacêutico para dispensar medicamento, bem como, observar as orientações quanto a indicação e posologia correta no uso dos MIP´s, pois embora estes medicamentos não contenham tarja vermelha ( ver figura acima ) na embalagem, eles têem - uma série de contra-indicações, reações adversas e interações ( medicamento x alimento, medicamento x medicamento ) que podem prejudicar o organismo de um indivíduo, inclusive levar a morte.
"A diferença entre remédio e veneno é somente a dose."
( Paracelso, médico suíço )
Além do mais, há outras questões pertinentes. Logo, medicamento não pode e não deve ser visto como mercadoria . É preciso ser olhado como um bem - um bem que é colocado para o indivíduo para ajudá-lo a recuperar o seu bem-estar - perdido em caso de dor, por exemplo.
Outro ponto a ser colocado são as questões sanitárias, entre elas, o armazenamento, o local, a temperatura, a luz - adequadas aos medicamentos - que são diferentes dos alimentos em geral. Os medicamentos, via de regra, requerem cuidados no acondicionamento.
A automedicação é outro ponto muito sério a ser colocado em toda a questão de se liberar ou não medicamentos - "com ou sem tarja". No Brasil, a intoxicação medicamentosa tem números alarmantes segundo o CEATOX ( Centro de Assistência Toxicológica ) , SINITOX ( Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas ) e as Farmacovigilâncias.
O CEATOX/HC/USP mostra segundo sua estatística que somente no estado de São Paulo nos anos de 1996 a 1997 os casos de intoxicação medicamentosa foi responsável por 42%, o que configura o 1° lugar total nos casos de intoxicação no estado.
O CEATOX/HC/USP mostra segundo sua estatística que somente no estado de São Paulo nos anos de 1996 a 1997 os casos de intoxicação medicamentosa foi responsável por 42%, o que configura o 1° lugar total nos casos de intoxicação no estado.
Importante enfatizar que os casos de intoxicações por medicamentos sobrecarregam os Pronto Atendimentos, Centros de Sáude, Hospitais e oneram a saúde pública .
Posto isso, a automedicação precisa ser responsável, ou seja, com orientação adequada a partir de um profissional que forneça todas as informações importantes acerca do medicamento.
Enfim, o veto foi ponto positivo. Ponto para a saúde pública. Ponto para a saúde da população.
Enfim, o veto foi ponto positivo. Ponto para a saúde pública. Ponto para a saúde da população.
Links interessantes para acessar:
http://www.ceatox.org.br/
http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v15n4/1026.pdf
http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/215_268.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/890/intoxicacao-por-medicamentos
http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v15n4/1026.pdf
http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/215_268.pdf
http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/890/intoxicacao-por-medicamentos
Por Edilaine R.
22 Maio 2012
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