quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Medicamento: Uso Racional

Medicamento: uso responsável


Todo medicamento precisa ser usado de modo correto, consciente e responsável. Não se esquive de uma boa orientação com o Farmacêutico de sua confiança. 
Segue abaixo algumas orientações:

1) Oriente-se com o Farmacêutico antes de utilizar qualquer medicamento - mesmo aqueles os quais não se necessita de receita médica;

2)  Importante saber o modo correto de conservar o medicamento;

3) Evite seguir a recomendação de colegas, amigos, parentes ou vizinhos para tomar medicamentos;

4) Balconista não é Farmacêutico, na duvide pergunte e peça pelo profissional responsável; 

5) Conte ao Farmacêutico sobre qualquer indisposição que sentir no uso do medicamento;

6) Medicamento e bebida alcóolica não combinam, evite utilizar os dois juntos;

7) Um medicamento tomado de maneira incorreta pode trazer uma série de efeitos indesejados - que vai da ineficácia até a morte.


Fonte: CRF/SP*



Utilize os conhecimentos do Farmacêutico - é ótimo; e faz bem a sua saúde ! 



*Material de apoio para Educação em Saúde - cedido pelo portal CRF/SP. Disponível em:


Por Edilaine R.,
08 Novembro 2012 


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Ética

Ética

Para refletir sobre ...

"Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida:

(1) quero ?
(2) devo ?
(3) posso ?

Nem tudo que eu quero eu posso ; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve." 



Mário Sérgio Cortella, filósofo brasileiro, mestre e doutor em Educação pela PUC-SP 



Edilaine R.,
07 Novembro 2012

terça-feira, 23 de outubro de 2012

DSTs ou Doenças Venéreas - Parte II

DSTs - Doenças Sexualmente Transmíssiveis - Parte II


Por Edilaine R.,
23 Outubro 2012, 20:12h


No texto anterior em  DSTs - Doença Sexualmente Transmissíveis - Parte I - busquei focar definição, transmissão, algumas das principais doenças venéreas e tratamento.

Neste post darei sequência a temática anterior. O foco aqui é a prevenção através do uso de preservativos . Os tipos de preservativos são relativos ao gênero ( masculino e feminino ).

Prevenção - Preservativos


O preservativo não é uma invenção atual e data de longo tempo (na História da sexualidade humana -  antes de Cristo), e já foi confeccionado com vários tipo de materiais: de linho, pele, intestino de animais e bexiga de cabra. 

Para se ter uma idéia, o preservativo feito com tripa de boi foi utilizada até 1870. Após esse período é que o inglês Charles Goodyer inventou a camisinha de borracha que eram grossos e desconfortáveis. E somente lá pelo final do século XIX é que o material foi substituído pelo látex.

Todavia, a partir da década de 1960, em decorrência da descoberta da pílula oral anticoncepcional feminina  o preservativo passou a ser menos usado. Esse relaxamento com a prevenção ocorreu porque nesse momento histórico de liberação feminina a preocupação com a gravidez indesejada era mais importante do que a possibilidade de uma enfermidade por DST.

Em seguida, na década de 1990 com a epidemia de AIDS se alastrando a níveis alarmantes pelo mundo o preservativo voltou a ser utilizado por ser o único método - até o momento (início do século XXI) - eficaz de prevenção contra as DSTs  e principalmente,  a AIDS.

Portanto, na época atual se comprova a partir de inúmeros estudos que o uso do preservativo é de suma importância na prevenção das DSTs, bem como, evitar a gravidez indesejada.  

Nesse tocante, assevera-se que todas as relações sexuais precisam ser realizadas com o uso do preservativo, seja o sexo oral, vaginal ou anal.

O Ministério da Saúde apresenta várias campanhas e estratégias em favor do uso do preservativo - como pode-se ver nas imagens abaixo:




Campanha de 2012 do Min. Saúde


Campanha do Min. Saúde


O Ministério da Saúde distribui  preservativo gratuitamente desde em 1994. E encontra-se disponível ( gratuitamente ) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS); nos centros de testagem e aconselhamento; nos serviços especializados; e nos bancos de preservativos.

Se preferir pode ser encontrada para comprar em drogarias, farmácias,  mercados ou lojas de sexshop

A compra do preservativo nas Drogarias e Farmácias  apresenta vantagem a mais, pois sendo estes estabelecimentos de saúde ( e não lojas ),  o usuário pode contar com um Profissional Habilitado,  o(a) Farmacêutico(a) a disposição para orientação confiável e de qualidade,  se necessário.  


Preservativos femininos

Os preservativos femininos são produzidos com a substância que podem ser o látex ou poliuretano. O da marca Reality feita com poliuretano apresenta uma bolsa, delgada e macia, com dois anéis flexíveis, um em cada ponta. O anel da ponta fechada serve para inserir o preservativo na vagina e mantê-lo no lugar. O anel exterior fica do lado de fora da vagina e cobre as partes externas dos órgãos genitais.

Apresenta vantagens em relação ao preservativo masculino, como pode ser colocado antes de a relação sexual iniciar, fica a decisão da mulher sobre o uso,  proteção e o uso de lubrificantes ou não. 





Preservativos masculinos

Atualmente, há um número signifcativo de preservativos masculinos no mercado,  de todos os tipos, de lisos a texturizados; tamanhos diferentes e com materiais diversos e sem látex ( para os alérgicos );  e gostos - com aromas e sabores  - o que não justifica a sua não utilização.


Para os alérgicos ao latex - existe no mercado os preservativos feitos com poliuretano. Estes são bem fininhos e não impedem a passagem do calor do corpo ( de modo direto ).


Foto cedida gentilmente pela DROGAVENIDA


Os texturizados, recentes no mercado brasileiro, veem fazendo sucesso com os usuários "mais moderninhos" - e seu objetivo é tanto oferecer proteção quanto mais prazer.

Os aromatizados são vários: banana, canela, maracujá, morango, tutti-frutti, hortelã, framboeza, chocolate,  pêssego, uva, ou seja, um mix de sabores da natureza.

Também, encontra-se disponível no mercado o presevervativo  XL ou as extras largas ( large ) e as "sensitives" que são mais finas do que as tradicionais.

E ainda, encontra-se os preservativos "retardantes" - que são confeccionados com uma substância que retarda o orgasmo masculino - proporcionando um prolongamento do tempo da relação.
Em geral, os preservativos já contém lubrificantes ( óleo de silicone ). Porém, pode-se usar um lubrificante extra - que também são encontrados no mercado inodoros ou com aromatizantes.


Modo de usar o preservativo masculino e o preservativo feminino

As figuras abaixo demonstram o modo correto de uso do preservativo feminino e masculino:

preservativo masculino

 

preservativo feminino



Lubrificantes e espermicidas

Os lubrificantes íntimos são formulados com água na sua composição   - o que reduz a probabilidade de uma reação alérgica e podem ser na forma farmacêutica de gel ou solução aquosa.

Um ponto importante a ser observado é que não deve-se utilizar lubrificantes como vaselina ou óleo mineral , pois estas substâncias podem danificar o preservativo masculino.

Alguns preservativos - podem ser encontrados facilmente - e contém agregado ao lubrificante princípios ativos espermicidas, tais como, cloreto de benzalcônio,  menfegol e o nonoxinol-9, sendo este último o mais utilizado em todo o mundo .   




Também, há as  geléias espermicidas que podem ser usadas a camisinha e diminuem ainda mais a chance de transmissão do vírus . Estudos "in vitro" e estudos epidemiológicos demonstram de modo consistente que os espermicidas, usados isoladamente ou combinados com outros métodos de barreira, reduzem a incidência de gonorréia, infecção por clamídia, tricomoníase e vaginose bacteriana. Entretanto, a relação entre o uso do nonoxinol-9 e a incidência do HIV permanece obscura e, até o momento, inconclusiva.

Espermicidas


Modo de usar o espermicida

Os espermicidas devem ser colocados no fundo do órgão genital feminino utilizando o aplicador, antes de cada relação sexual. A espuma, geléia ou creme podem ser colocados imediatamente antes das relações sexuais. Outros tipos, como o filme e/ou o comprimido, precisam de mais tempo, pelo menos 10 minutos antes.

Durante esta pesquisa foi possível encontrar estudos que sugerem que o uso frequente ( várias vezes ao dia ), bem como,  a alta concentração da substância na formulação  do espermicida podem provocar irritação vaginal, prurido, queimadura, erosão no epitélio vaginal e do colo uterino . Desse modo, a alteração na flora vaginal poderia facilitar a transmissão pelo vírus HIV.

Certamente, o uso frequente e correto do preservativo dificulta ou mesmo pode inviabilizar a contaminação, uma vez que os vírus, as bactérias e os fungos acabam sendo transportados pelo sêmen e por fluídos sexuais. 

Concluo e termino.

Para finalizar, observa-se que na presença de uma DST (ver DSTs - Doença Sexualmente Transmissíveis - Parte I -)  é importante buscar ajuda para diagnóstico e tratamento - por um profissional de saúde,  principalmente, cuidar-se para evitar uma reinfecção. O parceiro envolvido precisa ser alertado para que também possa buscar tratamento . 





Mais informações nos links abaixo:





DSTs ou Doenças Venéreas - Parte I

DSTs - Doença Sexualmente Transmíssiveis - Parte I


Por Edilaine R.,
23 Outubro 2012

Diante da seriedade que a temática das Doenças Sexualmente Transmíssiveis precisa ser tratada realizo dois posts sequenciais.

No primeiro - ou a DSTs - Parte I , trato do conceito, as principais DSTs e seus respectivos sintomas e tratamento.

 Já no segundo post - ou DSTs - Parte II , o foco centra-se na prevenção dessas doenças e os preservativos - sendo este o principal e o mais importante mecanismo de prevenção.

Conceito

As DSTs como sugere o nome são doenças transmitidas através do contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso do preservativo ( ou camisinha ).



preservativo masculino



preservativo feminino


A contaminação pode ser de dois modos: contato sexual de modo direto - com uma pessoa contaminada; e de modo indireto através de objetos contaminados, por exemplo, seringas, agulhas,  transfusão sanguíena,  roupas íntimas.
Os principais agentes causais podem ser bactérias, fungos, vírus e protozoários .

Sem entrar no mérito de a questão ser de ordem moral, é bom lembrar que as DSTs podem ter como porta de entrada a promiscuidade. Também,  o descuido com a saúde; desinformação sobre como proteger-se a si e o parceiro . 


Principais DSTs

As principais DSTs são:  Gonorréia, Sífilis, Linfogranuloma venéreo, Cancro mole, Doença inflamatória Pélvica ( DIP ), Donovanose, Condiloma acuminado ( HPV ), Tricomoníase, Herpes e AIDS.

Algumas dessas doenças podem evoluir e ter consequências graves como, doenças neonatais, infertilidade, câncer, comprometimento do aparelho reprodutor e morte .

Sífilis
O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma infecção generalizada, pode levar o doente a morte. Nas mulheres doentes, o aborto e o parto prematuro são algumas das conseqüências.


Gonorréia
Está doença ocorre após o contato com a bactéria conhecida por Neisseria gonorrheae. Causa um grave inflamação na uretra e, quando não tratada, pode espalhar-se pelo sistema genital, vias urinárias, reto e articulações. Se não tratada corretamente, a doença se desenvolve, podendo levar o doente a outros problemas como, meningite, problemas cardíacos e artrite.



Tricomona
Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne. Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a disseminação da infecção por HIV.


Clamídia
A bactéria Chlamydia trachomatis é o agente causador da doença. Apresenta-se silenciosa, já que 3/4 de as mulheres não apresentam sintomas. Ela ataca os canais urinários e sistema genital, o que provoca inflamações nestas áreas. Se não for tratada origina-se uma infecção crônica - o que pode levar a infertilidade do homem e mulher. Já na mulher, também, promove dor pélvica, formação de abcessos e outras complicações.




Candidíase
O principal agente da doença é o fungo Candida albicans. Esta doença é uma das causas mais comuns de infecção genital. Os sintomas são coceira, ardor e corrimento vaginal semelhante a nata do leite. É mais comum em mulheres, causando inchaço e vermelhidão no órgão sexual feminino. As lesões podem se espalhar pela virilha. Apesar do mais comum ser a transmissão via relação sexual, existem outros fatores que colaboram para isso: uso de anticoncepcionais, antimicrobianos, obesidade, diabetes melitus, gravidez e uso de roupas justas.



Herpes
O agente causal é o vírus Herpes-zóster e manifesta-se através de pequenas bolhas localizadas principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Essas bolhas podem arder e causam coceira intensa. Ao se coçar, a pessoa pode romper a bolha, causando uma ferida.



Linfogranuloma Venéreo
O agente causador é a bactéria  Chlamydia trachomatis.  Essa doença caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Após a cura da lesão primária surge um inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus.




Cancro Mole
O agente causador é o Haemophilus ducreyi e também conhecido como cancro venéreo, popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.


HPV ou Condiloma Acuminado
O agente causador dessa doença é um vírus Papilomavírus Humano. Esta doença também é conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista.  Provoca uma lesão papilar ( ou elevações na pele ) genital que ao se unirem formam uma massa de tamanho variável - semelhante a uma couve-flor ( verrugas ). Em especial, na mulher pode provocar câncer de colo de útero e vulva; no homem câncer de pênis e ânus.



AIDS ( Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ) ou SIDA
O agente causador é ó Vírus da Imunodeficiência Adquirida. Causa uma infecção no organismo que  compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como, bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.



Piolho da púbis
O agente caudador é o parasita Pthirus pubis . Também é conhecido como chato, carango. O principal sintoma é o prurido (coceira), geralmente na região pubiana, que resulta de uma hipersensibilidade à saliva do parasita e se torna intenso o suficiente em duas ou mais semanas após a infestação inicial. Especialmente em pacientes masculinos, os chatos e ovos também podem ser encontrados nos pelos do abdômen , nas axilas, na barba e no bigode, enquanto nas crianças são geralmente encontrados nos cílios.




Não obstante, ressalta-se que algumas DSTs podem não apresentar sinais e sintomas. Desse modo, em caso de relação sexual desprotegida, isto é, na ausência de preservativo, orienta-se consultar um médico para avaliação, exames e tratamento correto.


Tratamento
As DSTs são doenças que requerem atenção especial, pois as consequências podem ser graves como a esterilidade e o câncer .

Portanto, convém observar que a auto-medicação é contraproducente, pois o uso de um medicamento inadequado pode não ser eficaz e mesmo mascarar os sinais e sintomas do agravamento da patologia, além de interferir no diagnóstico posterior que o médico irá realizar.

Isto posto. Sigo.

Todo o tratamento das DSTs deve ser acompanhado por profissionais da saúde; respectivamente, o Farmacêutico pode (e deve) orientar quanto a procura do médico especialista ( ginecologista ou urologista ). Logo,  cabe ao médico a avaliação (exame clínico: físico e pélvico);  pedido de exame laboratorial ( de sangue; de urina; do fluido ou tecido ) e na sequência definir o diagnóstico e a prescrição do medicamento.

Na mulher é comum o médico ginecologista pedir uma exame de Papanicolau ( utilizado para buscar alterações celulares que podem indicar a presença de pré-câncer ou câncer ) - mesmo na ausência de DSTs.

Neste ponto, vale observar que o paciente deve questionar o médico sobre o diagnóstico e tirar todas as dúvidas pertinentes a sua patologia ( doença ).

Com a prescrição ( a receita ) em mãos cabe ao Farmacêutico - na Drogaria ou Farmácia -  analisá-la e aviá-la orientando sobre a posologia, a interação farmacólogica ( medicamento x medicamento; medicamento x alimento; medicamento x álcool ), as reações adversas, os efeitos colaterais e o tempo de tratamento .  

O tempo de tratamento deve ser seguido a risca conforme a orientação, bem como os horários prescrito - para que a medicação possa ser eficaz e eliminar o agente causador da patologia.

Enfim, vale lembrar que atualmente no Brasil existe uma quantidade significativa de Medicamentos Genéricos  e que estes são um direito do paciente e do consumidor ( Lei de Medicamentos Genéricos 9.787  de 10 fevereiro de 1999 ) por serem de mesma qualidade e mais vantajoso - viável - economicamente que o medicamento de referência (ver A importância do Medicamento Genérico no Brasil ) .


Os Medicamentos Genéricos podem ser identificados pela letra G na área central da embalagem externa do medicamento .






DSTs - Doenças Sexualmente Transmíssiveis / Prevenção - Parte II 

Mais informações nos links abaixo:




Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em
produtos farmacêuticos e dá outras providências. Disponível em :


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tempo seco: efeito do clima seco na saúde

Tempo seco e saúde 

O tempo seco que se observa nestes últimos dias - em boa parte do território brasileiro, em especial , aqui no estado de São Paulo - tem provocado diversos sintomas e os Profissionais de saúde alertam para o aumento do cuidado . 

A OMS ( Organização Mundial da Saúde ) examina que a umidade relativa do ar deve ficar em torno de 60% . Logo, quando a umidade diminui abaixo de 30% , a organização considera estado de atenção; abaixo de 20% estado de alerta;  e ainda  abaixo de 12% é uma situação de emergência.

A ausência de chuvas nesse período reduz a umidade do ar ; e segundo  a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo quando ocorre baixa umidade do ar os índices de poluição aumentam nas cidades e os níveis de dióxido de enxofre e outras substâncias não dispersam no ar.


Clima seco: doenças derivadas da ausência de umidade

O clima árido - nas grandes cidades - pode aumentar os casos de sinusites, resfriados, gripes e pneumonia, pois a ausência de umidade retém os poluentes suspensos no ar impedindo a dispersão na atmosfera. 

Os olhos e as vias aéreas superiores ( nariz , boca, garganta, ) se ressentem com esse clima seco e frio de inverno.  

Nas vias áereas superiores, o tempo seco,  pode produzir a rinite alérgica,  que caracteriza-se por sintomas como irritação, espirro, obstrução nasal, coceira no nariz e garganta com produção de secreção,  inflamação e dificuldade de respiração.


  




Nos olhos pode ocorrer ressecamento devido a diminuição de umidade do ar . Desse modo, a lágrima que lubrifica a córnea evapora mais rápido o que deixa os olhos desprotegidos. Os sintomas decorrentes são irritação, ardência, sensação de corpo estranho, cansaço visual, coceira, vermelhidão e conjuntivite.

Fonte: http://www.jornalpequeno.com.br/2007/8/20/Pagina62316.htm

No caso dos asmáticos,  a baixa umidade do ar também pode provocar crises como a falta de ar, chiado no peito e tosse. Estes sintomas podem ser intermitentes ou persistentes e, se não tratados, podem causar muitos prejuízos à vida destes pacientes e até a morte.

Tratamento: alívio dos sintomas

Orienta-se a ingestão de líquidos, em especial, os idosos e as crianças,  para hidratar o corpo.

Vale lembrar que as frutas, os sucos, água de coco são bons coadjuvantes.




Para o alívio dos olhos e nariz lavar com soro fisiológico ( solução de cloreto de sódio a 0,9% ) várias vezes ao dia para fluidificar as secreções.

Recomenda-se ainda, evitar ambientes fechados, pouco arejados e ambientes com ar condicionado.

É importante manter a casa limpa e pode-se passar um pano úmido no piso e móveis para retirar a poeira e sujidades - o que afasta a possiblidade de doenças respiratórias.

Os exercícios físicos são ótimos para a melhoria do sistema cardiorespiratório, bem como, aumentar a resistência do sistema imunológico. No entanto, nesses dias de clima seco, os exercícios ao ar livre devem ser realizados antes das 10:00h e após às 17:00h .

Diante do mal estar sentido - algumas pessoas realizam a automedicação ( ingestão de medicamento sem a orientação farmacêutica ou médica ) como forma de alívio .

 

Neste tocante, a automedicação pode levar aos riscos de intoxicações - que é sempre motivo de preocupação dos profissionais de saúde, pois,  sobrecarregam os Pronto Atendimentos,  Centros de Sáude, Hospitais  e oneram a saúde pública.

Posto isso, a automedicação precisa ser responsável, ou seja, com orientação adequada a partir de  um profissional que forneça todas as informações importantes acerca do medicamento.

Enfim, convém ressaltar que o Farmacêutico é um grande aliado e pode solucionar dúvidas e orientar de modo correto o uso de medicamentos quanto a sua indicação, ação, interações, efeitos desejados,  indesejados e contra indicações.   


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Por Edilaine R.,
24 Agosto 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Gripe A ( H1N1). Sinais, sintomas e diagnóstico. O papel do Farmacêutico no contexto da doença.


A Gripe A ( H1N1 ) - Influenza A ( H1N1)


A Gripe A está de volta ao cenário  este ano.  Com a chegada do frio, os casos de gripe aumentaram  e têm preocupado os brasileiros. 

Logo,  ficam alertas os profissionais de Saúde, em especial , os Farmacêuticos - uma vez que o balcão da drogaria,  em geral,  é o primeiro lugar onde as pessoas buscam orientação para o alívio dos sintomas e sinais da gripe.

Dados mostram que Cento e quarenta e quatro pessoas ( 144 ) morreram com a doença este ano - 2012 - no sul do país: 72 em Santa Catarina, 47 no Rio Grande do Sul e 25 no Paraná.

Segundo informações divulgadas no site do CRF/Sp (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo),  "Dados divulgados na última quarta-feira (25) pela Secretaria de Saúde mostram que as mortes pela gripe A (vírus H1N1) do Estado de São Paulo já é maior que os 27 óbitos registrados em todo o país no ano passado. O levantamento, de 1º de janeiro a 13 de julho de 2012, registra 29 óbitos e 146 internações pela doença somente no estado. No Brasil, esse número chega a 210 mortes."

A doença em 2009, chegou ao nível de Pandemia segundo os dados oficiais da OMS ( Organização Mundial da Saúde ) .

O vírus responsável por esta gripe é a influenza A H1N1 - uma espécie de rearranjo quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).


Imagem de microscópio electrónico do vírus da gripe A (H1N1) rearranjado, fotografado no CDC Influenza Laboratory. Os vírus têm 80–120 nanómetros de diâmetro.



Breve Histórico - O surto de gripe suína de 2009

O surto de gripe suína de 2009 em humanos, oficialmente denominado como gripe A (H1N1) ou influenza A (H1N1)  e inicialmente conhecido como gripe mexicana,  gripe norte-americana, influenza norte-americana ou nova gripe, deveu-se a uma nova estirpe de influenzavirus A subtipo H1N1 que continha genes relacionados de modo muito próximo à gripe suína. A origem desta nova estirpe é desconhecida.

No entanto, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou que esta estirpe não foi isolada em porcos. Esta estirpe transmite-se de humano para humano, e causa os sintomas habituais da gripe.


Sinais e Sintomas do Resfriado, Gripe Comum e Gripe A


Vale observar que o conhecimento da doença pelo Profissional de Saúde é importante, principalmente para poder realizar uma orientação séria, eficaz e se necessário encaminhar o indivíduo para consulta médica e evitar o agravamento da doença.

Para melhor orientar, os Farmacêuticos, precisam saber reconhecer  a diferença entre um resfriado de gripe comum, e este último que também difere da Gripe A. O reconhecimento se dá a partir dos sinais ( perceptível pelo outro e ou verificável através de exames ) e sintomas ( sempre subjetivos ) e sua gravidade.   

Desse modo, o resfriado pode ser causado por inúmeros tipos de vírus. Já a gripe pode ser do tipo influenza A, B, ou C.

Os sinais e sintomas da H1N1 ( Gripe A ) assemelha-se ao da gripe comum: febre, fadiga, dores no corpo e tosse. 

No entanto, o que difere na Gripe A é que os  sinais como a febre são marcadamente altos, mostrando - intermitente - acima de 38°C e as dores musculares são intensas. Também,  pode haver mais diarreia e vômito.  A tosse apresenta-se seca e insistente,   além de apresentar complicações, em geral, nos indivíduos jovens.

Na Gripe A a avaliação do médico e diagnóstico são de suma importância para um tratamento eficaz .


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Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1) no ser humano.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_su%C3%ADna

1- Corpo em geral - febre
2- Psicológico - letargia, falta de apetite
3-
Nasofaringe - rinorreia, dor de garganta
4-
Sistema Respiratório - tosse
5- Gástrico - náuseas, vómitos
6- Intestino -
diarréia.


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Prevenção - Orientação


Neste ponto,  a principal prevenção é a observação quanto aos hábitos básicos de higiene, em especial, a lavagem das mãos ( é sempre bom lembrar porque às vezes 'as pessoas' se esquecem desse hábito simples e importante ) . Entre outros abaixo:


1) evitar contato direto com pessoas gripadas;

2) ficar em casa se estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas);

3) cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar;

4) lavar as mãos frequentemente (principalmente antes de comer ou de tocar os olhos, nariz ou boca e depois de tossir, de espirrar e de usar o banheiro);

5) ingerir muito líquido, alimentação saudável e prática diária de exercícios físicos;

6) o Ministério da Saúde recomenda que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, o que ajuda a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;

7) Vacinação: em acordo com o calendário da Vigilância Sanitária do munícipio.

Formas de contágio

A contaminação da Gripe A se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos.

Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos.

Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.

Tratamento

De acordo com a OMS ( Organização Mundial da Saúde ), os medicamentos antivirais oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.

O mecanismo de ação desses medicamentos é impedir a replicação do vírus Influenza .

Em 11 de junho de 2012, a ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária ) editou uma norma,  a RDC 39/2012 na qual "o  oseltamivir, princípio ativo do medicamento Tamiflu, foi excluído da lista das substâncias sujeitas a controle especial. O medicamento é utilizado para o tratamento da Influenza A (H1N1)."


Fica validado então que o medicamento pode ser comercializado sem retenção da receita, isto é, por meio de uma receita simples que deve ser apresentada ao farmacêutico no ato da compra. Para o uso do medicamento, continua sendo necessário o acompanhamento médico.


Também, o médico pode prescrever medicamentos para baixar a febre - como os antitérmicos -,  e para diminuir o mal estar geral do organismo do paciente como coriza, dor, congestão nasal - com descongestionantes, analgésicos ou anti-antihistamínicos ; se achar conveniente.

Vale reforçar que durante o tratamento, a ingestão de líquidos é importante, bem como, a alimentação saudável e balanceada, em especial, as verduras e legumes.


Considerações Finais

Conhecer a doença, prevenir e diagnosticá-la precocemente pode evitar complicações respiratórias  e até a morte.

É importante procurar orientação adequada logo no início dos primeiros sinais e sintomas da gripe.

Evite a automedicação sem orientação e convém pedir sempre a Orientação Farmacêutica, pois o Farmacêutico está na Drogaria e Farmácia justamente com esse objetivo.

Aqui,  o Farmacêutico apresenta um papel importante de atenção à saúde para orientar com conhecimento e habilidade, bem como, realizar encaminhamentos necessários para consultas médicas ou Pronto Atendimentos.

Enfim, não se acanhe e peça para ser atendido pelo(a) Farmacêutico(a), pois é um direito seu enquanto cidadão !!  


Links interessantes para acessar:




Por Edilaine R.
 31 Julho 2012