Diante da seriedade que a temática das Doenças Sexualmente Transmíssiveis precisa ser tratada realizo dois posts sequenciais.
No primeiro - ou a DSTs - Parte I , trato do conceito, as principais DSTs e seus respectivos sintomas e tratamento.
Já no segundo post - ou DSTs - Parte II , o foco centra-se na prevenção dessas doenças e os preservativos - sendo este o principal e o mais importante mecanismo de prevenção.
Conceito
As DSTs como sugere o nome são doenças transmitidas através do contato sexual desprotegido, ou seja, sem o uso do preservativo ( ou camisinha ).
preservativo masculino
preservativo feminino
A contaminação pode ser de dois modos: contato sexual de modo direto - com uma pessoa contaminada; e de modo indireto através de objetos contaminados, por exemplo, seringas, agulhas, transfusão sanguíena, roupas íntimas.
Os principais agentes causais podem ser bactérias, fungos, vírus e protozoários .
Sem entrar no mérito de a questão ser de ordem moral, é bom lembrar que as DSTs podem ter como porta de entrada a promiscuidade. Também, o descuido com a saúde; desinformação sobre como proteger-se a si e o parceiro .
Principais DSTs
As principais DSTs são: Gonorréia, Sífilis, Linfogranuloma venéreo, Cancro mole, Doença inflamatória Pélvica ( DIP ), Donovanose, Condiloma acuminado ( HPV ), Tricomoníase, Herpes e AIDS.
Algumas dessas doenças podem evoluir e ter consequências graves como, doenças neonatais, infertilidade, câncer, comprometimento do aparelho reprodutor e morte .
Sífilis
O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma infecção generalizada, pode levar o doente a morte. Nas mulheres doentes, o aborto e o parto prematuro são algumas das conseqüências.
O agente causador da sífilis é uma bactéria conhecida como Treponema pallidum. No início, a doença ataca as vias urinárias e genitais, podendo, caso não tratada, espalhar-se para o sistema cardiovascular e nervoso. Gerando uma infecção generalizada, pode levar o doente a morte. Nas mulheres doentes, o aborto e o parto prematuro são algumas das conseqüências.
Gonorréia
Está doença ocorre após o contato com a bactéria conhecida por Neisseria gonorrheae. Causa um grave inflamação na uretra e, quando não tratada, pode espalhar-se pelo sistema genital, vias urinárias, reto e articulações. Se não tratada corretamente, a doença se desenvolve, podendo levar o doente a outros problemas como, meningite, problemas cardíacos e artrite.
Tricomona
Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne. Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a disseminação da infecção por HIV.
Esta doença é causada por um protozoário do gênero Trichomonas Donne. Este protozoário pode instalar-se nos sistemas genital e digestivo. Provoca quadros inflamatórios na uretra dos homens e no canal vaginal das mulheres. Embora não acarrete complicações mais sérias em sua fase evolutiva, a doença pode facilitar a disseminação da infecção por HIV.
Clamídia
A bactéria Chlamydia trachomatis é o agente causador da doença. Apresenta-se silenciosa, já que 3/4 de as mulheres não apresentam sintomas. Ela ataca os canais urinários e sistema genital, o que provoca inflamações nestas áreas. Se não for tratada origina-se uma infecção crônica - o que pode levar a infertilidade do homem e mulher. Já na mulher, também, promove dor pélvica, formação de abcessos e outras complicações.
Candidíase
O principal agente da doença é o fungo Candida albicans. Esta doença é uma das causas mais comuns de infecção genital. Os sintomas são coceira, ardor e corrimento vaginal semelhante a nata do leite. É mais comum em mulheres, causando inchaço e vermelhidão no órgão sexual feminino. As lesões podem se espalhar pela virilha. Apesar do mais comum ser a transmissão via relação sexual, existem outros fatores que colaboram para isso: uso de anticoncepcionais, antimicrobianos, obesidade, diabetes melitus, gravidez e uso de roupas justas.
Herpes
Linfogranuloma Venéreo
O agente causador é a bactéria Chlamydia trachomatis. Essa doença caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital de curta duração (de três a cinco dias), que se apresenta como uma ferida ou como uma elevação da pele. Após a cura da lesão primária surge um inchaço doloroso dos gânglios de uma das virilhas. Se esse inchaço não for tratado adequadamente, evolui para o rompimento espontâneo e formação de feridas que drenam pus.
Cancro Mole
O agente causador é o Haemophilus ducreyi e também conhecido como cancro venéreo, popularmente é conhecida como cavalo. Manifesta-se através de feridas dolorosas com base mole.
HPV ou Condiloma Acuminado
O agente causador dessa doença é um vírus Papilomavírus Humano. Esta doença também é conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista. Provoca uma lesão papilar ( ou elevações na pele ) genital que ao se unirem formam uma massa de tamanho variável - semelhante a uma couve-flor ( verrugas ). Em especial, na mulher pode provocar câncer de colo de útero e vulva; no homem câncer de pênis e ânus.
AIDS ( Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ) ou SIDA
O agente causador é ó Vírus da Imunodeficiência Adquirida. Causa uma infecção no organismo que compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como, bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas.
Piolho da púbis
O agente caudador é o parasita Pthirus pubis . Também é conhecido como chato, carango. O principal sintoma é o prurido (coceira), geralmente na região pubiana, que resulta de uma hipersensibilidade à saliva do parasita e se torna intenso o suficiente em duas ou mais semanas após a infestação inicial. Especialmente em pacientes masculinos, os chatos e ovos também podem ser encontrados nos pelos do abdômen , nas axilas, na barba e no bigode, enquanto nas crianças são geralmente encontrados nos cílios.
Não obstante, ressalta-se que algumas DSTs podem não apresentar sinais e sintomas. Desse modo, em caso de relação sexual desprotegida, isto é, na ausência de preservativo, orienta-se consultar um médico para avaliação, exames e tratamento correto.
Tratamento
Portanto, convém observar que a auto-medicação é contraproducente, pois o uso de um medicamento inadequado pode não ser eficaz e mesmo mascarar os sinais e sintomas do agravamento da patologia, além de interferir no diagnóstico posterior que o médico irá realizar.
Isto posto. Sigo.
Todo o tratamento das DSTs deve ser acompanhado por profissionais da saúde; respectivamente, o Farmacêutico pode (e deve) orientar quanto a procura do médico especialista ( ginecologista ou urologista ). Logo, cabe ao médico a avaliação (exame clínico: físico e pélvico); pedido de exame laboratorial ( de sangue; de urina; do fluido ou tecido ) e na sequência definir o diagnóstico e a prescrição do medicamento.
Na mulher é comum o médico ginecologista pedir uma exame de Papanicolau ( utilizado para buscar alterações celulares que podem indicar a presença de pré-câncer ou câncer ) - mesmo na ausência de DSTs.
Neste ponto, vale observar que o paciente deve questionar o médico sobre o diagnóstico e tirar todas as dúvidas pertinentes a sua patologia ( doença ).
Com a prescrição ( a receita ) em mãos cabe ao Farmacêutico - na Drogaria ou Farmácia - analisá-la e aviá-la orientando sobre a posologia, a interação farmacólogica ( medicamento x medicamento; medicamento x alimento; medicamento x álcool ), as reações adversas, os efeitos colaterais e o tempo de tratamento .
O tempo de tratamento deve ser seguido a risca conforme a orientação, bem como os horários prescrito - para que a medicação possa ser eficaz e eliminar o agente causador da patologia.
Enfim, vale lembrar que atualmente no Brasil existe uma quantidade significativa de Medicamentos Genéricos e que estes são um direito do paciente e do consumidor ( Lei de Medicamentos Genéricos 9.787 de 10 fevereiro de 1999 ) por serem de mesma qualidade e mais vantajoso - viável - economicamente que o medicamento de referência (ver A importância do Medicamento Genérico no Brasil ) .
Os Medicamentos Genéricos podem ser identificados pela letra G na área central da embalagem externa do medicamento .
DSTs - Doenças Sexualmente Transmíssiveis / Prevenção - Parte II
Mais informações nos links abaixo:
Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em
produtos farmacêuticos e dá outras providências. Disponível em :
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