terça-feira, 23 de outubro de 2012

DSTs ou Doenças Venéreas - Parte II

DSTs - Doenças Sexualmente Transmíssiveis - Parte II


Por Edilaine R.,
23 Outubro 2012, 20:12h


No texto anterior em  DSTs - Doença Sexualmente Transmissíveis - Parte I - busquei focar definição, transmissão, algumas das principais doenças venéreas e tratamento.

Neste post darei sequência a temática anterior. O foco aqui é a prevenção através do uso de preservativos . Os tipos de preservativos são relativos ao gênero ( masculino e feminino ).

Prevenção - Preservativos


O preservativo não é uma invenção atual e data de longo tempo (na História da sexualidade humana -  antes de Cristo), e já foi confeccionado com vários tipo de materiais: de linho, pele, intestino de animais e bexiga de cabra. 

Para se ter uma idéia, o preservativo feito com tripa de boi foi utilizada até 1870. Após esse período é que o inglês Charles Goodyer inventou a camisinha de borracha que eram grossos e desconfortáveis. E somente lá pelo final do século XIX é que o material foi substituído pelo látex.

Todavia, a partir da década de 1960, em decorrência da descoberta da pílula oral anticoncepcional feminina  o preservativo passou a ser menos usado. Esse relaxamento com a prevenção ocorreu porque nesse momento histórico de liberação feminina a preocupação com a gravidez indesejada era mais importante do que a possibilidade de uma enfermidade por DST.

Em seguida, na década de 1990 com a epidemia de AIDS se alastrando a níveis alarmantes pelo mundo o preservativo voltou a ser utilizado por ser o único método - até o momento (início do século XXI) - eficaz de prevenção contra as DSTs  e principalmente,  a AIDS.

Portanto, na época atual se comprova a partir de inúmeros estudos que o uso do preservativo é de suma importância na prevenção das DSTs, bem como, evitar a gravidez indesejada.  

Nesse tocante, assevera-se que todas as relações sexuais precisam ser realizadas com o uso do preservativo, seja o sexo oral, vaginal ou anal.

O Ministério da Saúde apresenta várias campanhas e estratégias em favor do uso do preservativo - como pode-se ver nas imagens abaixo:




Campanha de 2012 do Min. Saúde


Campanha do Min. Saúde


O Ministério da Saúde distribui  preservativo gratuitamente desde em 1994. E encontra-se disponível ( gratuitamente ) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS); nos centros de testagem e aconselhamento; nos serviços especializados; e nos bancos de preservativos.

Se preferir pode ser encontrada para comprar em drogarias, farmácias,  mercados ou lojas de sexshop

A compra do preservativo nas Drogarias e Farmácias  apresenta vantagem a mais, pois sendo estes estabelecimentos de saúde ( e não lojas ),  o usuário pode contar com um Profissional Habilitado,  o(a) Farmacêutico(a) a disposição para orientação confiável e de qualidade,  se necessário.  


Preservativos femininos

Os preservativos femininos são produzidos com a substância que podem ser o látex ou poliuretano. O da marca Reality feita com poliuretano apresenta uma bolsa, delgada e macia, com dois anéis flexíveis, um em cada ponta. O anel da ponta fechada serve para inserir o preservativo na vagina e mantê-lo no lugar. O anel exterior fica do lado de fora da vagina e cobre as partes externas dos órgãos genitais.

Apresenta vantagens em relação ao preservativo masculino, como pode ser colocado antes de a relação sexual iniciar, fica a decisão da mulher sobre o uso,  proteção e o uso de lubrificantes ou não. 





Preservativos masculinos

Atualmente, há um número signifcativo de preservativos masculinos no mercado,  de todos os tipos, de lisos a texturizados; tamanhos diferentes e com materiais diversos e sem látex ( para os alérgicos );  e gostos - com aromas e sabores  - o que não justifica a sua não utilização.


Para os alérgicos ao latex - existe no mercado os preservativos feitos com poliuretano. Estes são bem fininhos e não impedem a passagem do calor do corpo ( de modo direto ).


Foto cedida gentilmente pela DROGAVENIDA


Os texturizados, recentes no mercado brasileiro, veem fazendo sucesso com os usuários "mais moderninhos" - e seu objetivo é tanto oferecer proteção quanto mais prazer.

Os aromatizados são vários: banana, canela, maracujá, morango, tutti-frutti, hortelã, framboeza, chocolate,  pêssego, uva, ou seja, um mix de sabores da natureza.

Também, encontra-se disponível no mercado o presevervativo  XL ou as extras largas ( large ) e as "sensitives" que são mais finas do que as tradicionais.

E ainda, encontra-se os preservativos "retardantes" - que são confeccionados com uma substância que retarda o orgasmo masculino - proporcionando um prolongamento do tempo da relação.
Em geral, os preservativos já contém lubrificantes ( óleo de silicone ). Porém, pode-se usar um lubrificante extra - que também são encontrados no mercado inodoros ou com aromatizantes.


Modo de usar o preservativo masculino e o preservativo feminino

As figuras abaixo demonstram o modo correto de uso do preservativo feminino e masculino:

preservativo masculino

 

preservativo feminino



Lubrificantes e espermicidas

Os lubrificantes íntimos são formulados com água na sua composição   - o que reduz a probabilidade de uma reação alérgica e podem ser na forma farmacêutica de gel ou solução aquosa.

Um ponto importante a ser observado é que não deve-se utilizar lubrificantes como vaselina ou óleo mineral , pois estas substâncias podem danificar o preservativo masculino.

Alguns preservativos - podem ser encontrados facilmente - e contém agregado ao lubrificante princípios ativos espermicidas, tais como, cloreto de benzalcônio,  menfegol e o nonoxinol-9, sendo este último o mais utilizado em todo o mundo .   




Também, há as  geléias espermicidas que podem ser usadas a camisinha e diminuem ainda mais a chance de transmissão do vírus . Estudos "in vitro" e estudos epidemiológicos demonstram de modo consistente que os espermicidas, usados isoladamente ou combinados com outros métodos de barreira, reduzem a incidência de gonorréia, infecção por clamídia, tricomoníase e vaginose bacteriana. Entretanto, a relação entre o uso do nonoxinol-9 e a incidência do HIV permanece obscura e, até o momento, inconclusiva.

Espermicidas


Modo de usar o espermicida

Os espermicidas devem ser colocados no fundo do órgão genital feminino utilizando o aplicador, antes de cada relação sexual. A espuma, geléia ou creme podem ser colocados imediatamente antes das relações sexuais. Outros tipos, como o filme e/ou o comprimido, precisam de mais tempo, pelo menos 10 minutos antes.

Durante esta pesquisa foi possível encontrar estudos que sugerem que o uso frequente ( várias vezes ao dia ), bem como,  a alta concentração da substância na formulação  do espermicida podem provocar irritação vaginal, prurido, queimadura, erosão no epitélio vaginal e do colo uterino . Desse modo, a alteração na flora vaginal poderia facilitar a transmissão pelo vírus HIV.

Certamente, o uso frequente e correto do preservativo dificulta ou mesmo pode inviabilizar a contaminação, uma vez que os vírus, as bactérias e os fungos acabam sendo transportados pelo sêmen e por fluídos sexuais. 

Concluo e termino.

Para finalizar, observa-se que na presença de uma DST (ver DSTs - Doença Sexualmente Transmissíveis - Parte I -)  é importante buscar ajuda para diagnóstico e tratamento - por um profissional de saúde,  principalmente, cuidar-se para evitar uma reinfecção. O parceiro envolvido precisa ser alertado para que também possa buscar tratamento . 





Mais informações nos links abaixo:





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