terça-feira, 31 de julho de 2012

Gripe A ( H1N1). Sinais, sintomas e diagnóstico. O papel do Farmacêutico no contexto da doença.


A Gripe A ( H1N1 ) - Influenza A ( H1N1)


A Gripe A está de volta ao cenário  este ano.  Com a chegada do frio, os casos de gripe aumentaram  e têm preocupado os brasileiros. 

Logo,  ficam alertas os profissionais de Saúde, em especial , os Farmacêuticos - uma vez que o balcão da drogaria,  em geral,  é o primeiro lugar onde as pessoas buscam orientação para o alívio dos sintomas e sinais da gripe.

Dados mostram que Cento e quarenta e quatro pessoas ( 144 ) morreram com a doença este ano - 2012 - no sul do país: 72 em Santa Catarina, 47 no Rio Grande do Sul e 25 no Paraná.

Segundo informações divulgadas no site do CRF/Sp (Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo),  "Dados divulgados na última quarta-feira (25) pela Secretaria de Saúde mostram que as mortes pela gripe A (vírus H1N1) do Estado de São Paulo já é maior que os 27 óbitos registrados em todo o país no ano passado. O levantamento, de 1º de janeiro a 13 de julho de 2012, registra 29 óbitos e 146 internações pela doença somente no estado. No Brasil, esse número chega a 210 mortes."

A doença em 2009, chegou ao nível de Pandemia segundo os dados oficiais da OMS ( Organização Mundial da Saúde ) .

O vírus responsável por esta gripe é a influenza A H1N1 - uma espécie de rearranjo quádruplo de cepas de influenza (02 suínas, 01 aviária e 01 humana).


Imagem de microscópio electrónico do vírus da gripe A (H1N1) rearranjado, fotografado no CDC Influenza Laboratory. Os vírus têm 80–120 nanómetros de diâmetro.



Breve Histórico - O surto de gripe suína de 2009

O surto de gripe suína de 2009 em humanos, oficialmente denominado como gripe A (H1N1) ou influenza A (H1N1)  e inicialmente conhecido como gripe mexicana,  gripe norte-americana, influenza norte-americana ou nova gripe, deveu-se a uma nova estirpe de influenzavirus A subtipo H1N1 que continha genes relacionados de modo muito próximo à gripe suína. A origem desta nova estirpe é desconhecida.

No entanto, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou que esta estirpe não foi isolada em porcos. Esta estirpe transmite-se de humano para humano, e causa os sintomas habituais da gripe.


Sinais e Sintomas do Resfriado, Gripe Comum e Gripe A


Vale observar que o conhecimento da doença pelo Profissional de Saúde é importante, principalmente para poder realizar uma orientação séria, eficaz e se necessário encaminhar o indivíduo para consulta médica e evitar o agravamento da doença.

Para melhor orientar, os Farmacêuticos, precisam saber reconhecer  a diferença entre um resfriado de gripe comum, e este último que também difere da Gripe A. O reconhecimento se dá a partir dos sinais ( perceptível pelo outro e ou verificável através de exames ) e sintomas ( sempre subjetivos ) e sua gravidade.   

Desse modo, o resfriado pode ser causado por inúmeros tipos de vírus. Já a gripe pode ser do tipo influenza A, B, ou C.

Os sinais e sintomas da H1N1 ( Gripe A ) assemelha-se ao da gripe comum: febre, fadiga, dores no corpo e tosse. 

No entanto, o que difere na Gripe A é que os  sinais como a febre são marcadamente altos, mostrando - intermitente - acima de 38°C e as dores musculares são intensas. Também,  pode haver mais diarreia e vômito.  A tosse apresenta-se seca e insistente,   além de apresentar complicações, em geral, nos indivíduos jovens.

Na Gripe A a avaliação do médico e diagnóstico são de suma importância para um tratamento eficaz .


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Diagrama dos sintomas da gripe A (H1N1) no ser humano.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gripe_su%C3%ADna

1- Corpo em geral - febre
2- Psicológico - letargia, falta de apetite
3-
Nasofaringe - rinorreia, dor de garganta
4-
Sistema Respiratório - tosse
5- Gástrico - náuseas, vómitos
6- Intestino -
diarréia.


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Prevenção - Orientação


Neste ponto,  a principal prevenção é a observação quanto aos hábitos básicos de higiene, em especial, a lavagem das mãos ( é sempre bom lembrar porque às vezes 'as pessoas' se esquecem desse hábito simples e importante ) . Entre outros abaixo:


1) evitar contato direto com pessoas gripadas;

2) ficar em casa se estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas);

3) cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar;

4) lavar as mãos frequentemente (principalmente antes de comer ou de tocar os olhos, nariz ou boca e depois de tossir, de espirrar e de usar o banheiro);

5) ingerir muito líquido, alimentação saudável e prática diária de exercícios físicos;

6) o Ministério da Saúde recomenda que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, o que ajuda a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;

7) Vacinação: em acordo com o calendário da Vigilância Sanitária do munícipio.

Formas de contágio

A contaminação da Gripe A se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos.

Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos.

Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína.

Tratamento

De acordo com a OMS ( Organização Mundial da Saúde ), os medicamentos antivirais oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1.

O mecanismo de ação desses medicamentos é impedir a replicação do vírus Influenza .

Em 11 de junho de 2012, a ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária ) editou uma norma,  a RDC 39/2012 na qual "o  oseltamivir, princípio ativo do medicamento Tamiflu, foi excluído da lista das substâncias sujeitas a controle especial. O medicamento é utilizado para o tratamento da Influenza A (H1N1)."


Fica validado então que o medicamento pode ser comercializado sem retenção da receita, isto é, por meio de uma receita simples que deve ser apresentada ao farmacêutico no ato da compra. Para o uso do medicamento, continua sendo necessário o acompanhamento médico.


Também, o médico pode prescrever medicamentos para baixar a febre - como os antitérmicos -,  e para diminuir o mal estar geral do organismo do paciente como coriza, dor, congestão nasal - com descongestionantes, analgésicos ou anti-antihistamínicos ; se achar conveniente.

Vale reforçar que durante o tratamento, a ingestão de líquidos é importante, bem como, a alimentação saudável e balanceada, em especial, as verduras e legumes.


Considerações Finais

Conhecer a doença, prevenir e diagnosticá-la precocemente pode evitar complicações respiratórias  e até a morte.

É importante procurar orientação adequada logo no início dos primeiros sinais e sintomas da gripe.

Evite a automedicação sem orientação e convém pedir sempre a Orientação Farmacêutica, pois o Farmacêutico está na Drogaria e Farmácia justamente com esse objetivo.

Aqui,  o Farmacêutico apresenta um papel importante de atenção à saúde para orientar com conhecimento e habilidade, bem como, realizar encaminhamentos necessários para consultas médicas ou Pronto Atendimentos.

Enfim, não se acanhe e peça para ser atendido pelo(a) Farmacêutico(a), pois é um direito seu enquanto cidadão !!  


Links interessantes para acessar:




Por Edilaine R.
 31 Julho 2012

Fitoterápico: Gengibre promove diminuição da náusea

Hospital cria cardápio para combater efeito colateral da quimioterapia

Simone Iwasso

Estadão, 30 Julho 2012


O ambulatório de nutrição do Hospital A.C. Camargo, referência no tratamento do câncer, elaborou um cardápio que ajuda a combater os efeitos colaterais da quimioterapia - náuseas e vômitos, diarreia, obstipação (intestino preso), alteração do paladar, perda de apetite, boca seca, feridas na boca e dor e/ou dificuldade para engolir. O objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente e evitar a perda de peso e a desnutrição, recorrentes nesses casos, em que se alimentar fica mais difícil. Um corpo bem nutrido fica mais equilibrado e forte para lutar contra a doença.

Um grande aliado nesse processo, de acordo com a nutricionista do hospital Ana Carolina Cantelli, é o gengibre, que segundo pesquisas recentes, é capaz de aliviar a náusea.  ”Indicamos preparações de vários tipos com gengibre, que é um alimento fácil de ser comprado, de baixo custo. O paciente pode adicioná-lo em sopas, saladas, sucos, chás”, explica.

Segundo Ana Carolina, cada paciente tem um tipo de reação adversa, e as preparações são indicadas caso a caso. “Os efeitos são variados em cada paciente, e também podem ir mudando ao longo do tratamento. Os pacientes pediam orientações e nosso papel, na nutrição, é tentar deixar a alimentação menos monótoma, o mais equilibrada possível.”

Diante da demanda dos pacientes, o hospital montou oficinas de culinária, abertas para pacientes, familiares e público em geral, realizadas a cada dois meses. Para os interessados, mais informações aqui. “Testamos receitas, montamos um cardápio completo e ensinamos a preparação na oficina.”


Além disso, Ana Carolina faz algumas recomendações gerais:

* Pacientes que estão se submetendo a um ciclo de quimioterapia devem evitar comer fora de casa, principalmente alimentos crus, por causa do risco de contaminação. O organismo já está mais debilitado, não vale o risco.
* Beba bastante líquido – e o gengibre pode entrar em sucos de frutas, em milk-shakes batidos com leite, com sorvete, em chás gelados e quentes.
* Quem está sofrendo com a boca seca, deve colocar mais molhos e caldos na comida, para ajudar na mastigação.
* Outra recomendação para boca seca é incluir alimentos ácidos e cítricos, que estimulam a salivação. Uma bala de hortelã já ajuda.
* Quem sofre com feridas na boca, machucados e alta sensibilidade, deve evitar choques térmicos – alimentos muito quentes ou muito frios.     E, nesse caso, cortar cítricos e ácidos.

Para quem se interessar, todas receitas completas estão disponíveis no site da oficina do hospital.


Artigo extraído no dia 31 julho 2012. Disponível em:

Link do Hospital A. C. Camargo ( Oficina de Culinária ) para acesso:  


Por Edilaine R.
31 Julho 2012




Cápsulas de Amor


Cápsulas de amor

Doses de amor e atenção também curam.

Não custa nada. Basta dispensar; e verificar o efeito.

Se acrescentar sorriso;  observa-se a potencialização do efeito desejado.



Por Edilaine R.
31 Julho 2012

 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Medicamentos voltam a ficar fora do balcão (das drogarias e farmácias) e a disposição do consumidor - para livre escolha

Resolução da Anvisa
Remédios sem receita médica voltam a ser vendidos fora do balcão das farmácias

Agência Brasil , 27 Julho 2012

Resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza a partir desta sexta-feira (27/7) a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas de farmácias e drogarias de todo o país, ficando ao alcance direto do consumidor. A medida foi publicada no Diário Oficial da União.

De acordo com a resolução, os remédios de venda livre devem ficar em área separada da de produtos como cosméticos e dietéticos e devem ser organizados por princípio ativo para permitir a fácil identificação pelos consumidores.

O texto também exige que, na área destinada aos remédios de venda livre, sejam fixados cartazes com a seguinte orientação: “Medicamentos podem causar efeitos indesejados. Evite a automedicação: informe-se com o farmacêutico.”

Até então, uma resolução da Anvisa, publicada em 2009, obrigava a venda dos remédios isentos de prescrição médica atrás do balcão do farmacêutico. Por meio de nota, o órgão informou que a determinação foi amplamente questionada pelo setor e rendeu cerca de 70 processos judiciais. Nos últimos meses, 11 estados criaram leis estaduais e reverteram a proibição da venda nas gôndolas.

Um estudo, segundo a agência, demonstrou que a decisão de posicionar os remédios de venda livre atrás do balcão não contribuiu para reduzir o número de intoxicações no Brasil. O relatório apontou também uma maior concentração de mercado, que evidencia a prática da “empurroterapia” e prejuízo ao direito de escolha do consumidor.

Em abril deste ano, o tema foi submetido a uma consulta pública, que ficou aberta por um período de 30 dias. A maioria das contribuições, segundo a Anvisa, apontava para reverter a proibição. A agência reguladora promoveu também uma audiência pública sobre o assunto.

Em abril deste ano, o tema foi submetido a uma consulta pública, que ficou aberta por um período de 30 dias. A maioria das contribuições, segundo a Anvisa, apontava para reverter a proibição. A agência reguladora promoveu também uma audiência pública sobre o assunto.

“A partir das evidências de que a resolução, no que diz respeito ao posicionamento dos medicamentos isentos de prescrição, não trouxe benefícios ao consumidor, a diretoria colegiada da Anvisa decidiu alterar a norma e permitir que os medicamentos de venda livre sejam posicionados ao alcance do consumidor nas gôndolas das farmácias e drogarias do país”, concluiu.

Artigo extraído em 27 Julho 2012. Disponível em:

Por Edilaine R.,
27 Julho 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Medicamento biológico no tratamento da osteosporose

Primeiro remédio biológico contra osteoporose chega ao Brasil

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
23  Julho 2012

Pacientes com osteoporose, especialmente com complicações renais graves, têm uma nova opção de tratamento. O primeiro remédio biológico para a doença, o denosumab (vendido como Prolia), está acessível no Brasil. Por enquanto, ele ainda não é fornecido na rede pública.

"O tratamento usado até agora, os bifosfonatos, são contraindicados para quem tem problemas renais sérios. O que é o caso de muitos pacientes com osteoporose, que são idosos e já têm outras complicações", diz Sebastião Radominski, professor da Universidade Federal do Paraná e presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo.

"O denosumab tem efeitos colaterais, é claro, mas ele apresenta menos inconvenientes. É mais uma opção de tratamento", completa.

A medicação faz parte de uma nova geração de remédios, os chamados biológicos, que agem de maneira mais específica no corpo.

O denosumab é um anticorpo monoclonal que atua sobre a síntese do osso, diminuindo a perda de densidade óssea, reduzindo a ocorrência de fraturas.

Segundo o médico, o fato de o remédio ser aplicado apenas uma vez a cada seis meses, em uma injeção subcutânea similar às de insulina, pode contribuir para a adesão ao tratamento.
Na medicação por via oral, o paciente precisa tomar o remédio em jejum.

Disponível em:

Por Edilaine R.
27 Julho 2012